domingo, 2 de março de 2014

Meu final de 2012 foi bem difícil, cheguei a pensar que só teria mesmo minhas filhas pra me fazer feliz. Desacreditada no amor, brigas infinitas com o Zé, meu irmão Lucas tendo crises, tomando remédio com dose excessiva e quase passa dessa pra melhor...eu me culpei. Dei uma dose de remédio a ele, o que veio depois foi pesadelo, quadro que não revertia, e ele numa cama de hospital. Nem preciso dizer que quase morri, porque ele sempre será o meu bebê, o homem da minha vida, meu irmão, mas como um filho pra mim.
Minha melhor amiga com problemas, nos afastamos, não por não nos gostarmos, sim por situações que aconteceram e o afastamento dela do face foi necessário. Sozinha, com dengue...fase desesperadora.
Fevereiro de 2013, minha vó doente, mais brigas com Zé, acusações sem sentido. Meses sem nos falar a certeza de que tudo tinha acabado ali. Com acusações infundadas.
Fevereiro ainda, uma pessoa apareceu, e a única coisa que essa pessoa fez foi me ouvir. A ÚNICA que ouviu meu choro e sentiu meu sofrimento, viu de perto o labirinto que eu me encontrava. Eu não via saída, ele via. Começou a me guiar e salvar com palavras que ha tempos eu não ouvia.
Início do ano ainda, dengue, o pior ser humano do mundo! Dores enlouquecedoras, minha cabeça e meu corpo não funcionavam! E mais uma vez SOZINHA, só minha mãe do meu lado.
Abril. Avó morre, caio, pois não podia acreditar que aquela mulher forte se tornaria tão frágil e deixasse o vazio que deixou...
Isso tudo desencadeou muitos tormentos na minha cabeça. Eu sempre me senti forte, mas dessa vez não restava muito de mim...
Apareceu essa luz, quando tudo era só escuridão, assim como me defino sempre...quem lê meus textos sabe...
De lá pra cá foram MUITAS situações juntos, médico, carro, frustração, alegrias, choros, briguinhas idiotas...daria pra escrever muitas linhas...
Tanto eu quanto ele sabemos que a vida é uma merda, sim é uma merda e hoje, pra sair dessa vida onde as pessoas ignoram, esnobam, criticam negativamente, tratam mal simplesmente por não estarem satisfeitos com sua própria vida, sofremos com a falta de educação e humildade das pessoas a nossa volta. Se tem um cargo maior, se sente no direito de humilhar, se trabalha num emprego normal onde a maioria se encontra, não estão satisfeitos com salário e tratam quem não tem a nada a ver com a história de uma maneira seca e fria. Falta educação.
É desesperador sim, não ter dinheiro pra pagar as contas no fim do mês, mas não justifica a cara feia da recepcionista ou da caixa do Supermercado.
Apesar disso tudo, ultimamente ando acreditando mais...não nesse mundo que vemos aí fora, acredito que temos que criar um mundo único, paralelo e tentar ser feliz numa bolha. Fazendo nossa parte e não esperando nada de ninguém, aliás de poucos. Aqueles que apesar do desespero e na angústia do dia a dia nos arrancam um sorriso que faz valer os momentos sem esperança...e nem preciso dizer quem são essas pessoas que apesar de tudo não vão embora...


Fernanda Guiterio


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