Que não me doa hoje o existir dos outros, que não me doa hoje pensar
nessa coisa puída de todos os dias, que não me comovam os olhos alheios e
a infinita pobreza dos gestos com que cada um tenta salvar o outro
deste barco furado. Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e
sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e
posteriores ainda.
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