Nossa história teve um ponto final. Mesmo eu sendo de reticências, o ponto final foi necessário. Mas hoje deu vontade de escrever sobre o que passou. Bom não sentir mais dor, mais nada. Poder falar do "ocorrido" sem derramar lágrimas, sem aperto no peito. Eu sou mesmo estranha, maluca, digamos assim. Muitas vezes Zé mesmo disse "você é louca!". Realmente. Tão louca que aguentei uma dor pungente que nem era minha. Enfim, passou. Zé continua sendo Zé, nunca vai mudar e eu continuo sendo a doida, a Julieta, a Fabiana, a Nina, a Alice ou até mesmo a Fernanda. Bem essa, acho que poucos conhecem. Essa escreve poesias tortas e desabafos que fazem as pessoas crer que o mundo é mesmo uma merda.
Não é muito diferente disso, a vida tá cada vez mais vazia e fútil, as pessoas cada vez mais distantes. Amigos em redes sociais mas incapazes de dizer "Bom dia" no caixa do Supermercado. Se trancam em casa e vivem um mundo colorido que na prática não é bem assim.
Fernanda, a estranha, a sozinha, a maluca.
Poderia ser um bom título para um livro, um livro que talvez nunca seja lançado, pois eu atropelo projetos, eu sou assim, atropelo pessoas, projetos, ideias, sentimentos até. Qual era mesmo o assunto? Ah, o Zé! Bem, estou escrevendo sobre o Zé, o personagem do livro imaginário, o cara que me fez escrever quase todos esses textos, todas as poesias de guardanapo, todas as poesias da vida boêmia imaginária. O Zé que me fez escrever em ônibus, em folhinha solta perdida no chão. Valeu mesmo Zé. Tô aqui falando de todos os personagens que surgiram nesse ano que passou. Pois "Zé" ! Um ano se passou, hoje dia 27 de maio, faz um ano que Zé nasceu nessa página. Não me perguntem de onde ele veio, quem ele é, qual caminho ele tá seguindo. Não sei. Um ano se passou e eu, que escrevi tanto sobre os sentimentos do Zé, não sei mais quem ele é. Talvez saiba, mas não quero mesmo escrever sobre a vida dele. A nossa vida. Ela nem mesmo existiu. Mas valeu Zé, dedico esse texto sem poesia, sem prosa sem rima a você, que fez com que tantas pessoas se identificassem com todas as palavras "jogadas" aqui.
Talvez Zé, nessa vida bonitinha e cor de rosa com amores de novela e filmes de sessão da tarde você encontre alguém que lhe dedique tanto tempo, talvez uma hora você encontre esse amor perfeito que não vá lhe machucar e você saia desse casulo, desse buraco onde não existe vida real, aliás onde existe a sua vida real da qual eu na realidade eu NUNCA fiz parte e nem NUNCA vou fazer. Encaremos os fatos, essa é a verdade Zé...
Termino mais uma vez agradecendo, valeu Zé, os textos não são mais pra você, mas eu continuo. E nem pretendo parar...
Fernanda Guiterio
Fernanda Guiterio (Mau, é NÃO viver!!)
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